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Dia Mundial do Combate à SIDA
Dezembro 1, 2022
A infecção por VIH e a SIDA continuam a ser uma pandemia global. Os números mostram que no final de 2021, 1,5 milhões de pessoas tinham contraído o VIH, 38,4 milhões estavam infectadas com o VIH e 650.000 pessoas tinham morrido de doenças relacionadas com a SIDA. É por isso que hoje, no Dia Mundial da SIDA, queremos expressar a nossa solidariedade a todas as pessoas afetadas por esta infeção, bem como o nosso apreço por todos os investigadores que lutam para encontrar uma solução.
VIH e SIDA, o que são?
O HIV (Human Immunodeficiency Virus) é um retrovírus que infeta as células do nosso sistema imunitário e enfraquece as nossas defesas contra possíveis infeções e certos tipos de cancro. As principais células afetadas são CD4+ linfócitos T e macrófagos. À medida que a infeção progride, estas células são destruídas e a pessoa afetada acaba por se encontrar numa situação de imunodeficiência.
A SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) refere-se às fases mais avançadas da infeção pelo VIH onde, devido à imunodeficiência grave, certas infeções que são normalmente oportunistas e facilmente tratáveis em pessoas saudáveis podem tornar-se letais.
Como é transmitido o VIH
O VIH só é encontrado em fluidos corporais tais como sangue, sémen, fluidos vaginais e leite materno e é disseminado quando há uma troca de fluidos corporais com uma pessoa infetada. Não é possível ser infetado pela partilha de artigos pessoais como comida ou água, ou por contacto diário como um abraço ou um aperto de mão.
Outras doenças relacionadas com o VIH
Uma vez que uma via de transmissão do VIH é através do contacto com sangue infetado (por exemplo, durante o uso de drogas injetáveis), o VIH pode coexistir com outros tipos de vírus que partilham esta via de transmissão, sendo o mais comum o HCV, a causa da hepatite C. Estima-se que 21% dos doentes seropositivos nos Estados Unidos são co-infectados com o HCV.
O VIH pode tornar a hepatite crónica, devido à imunodeficiência que causa no doente co-infectado. Por este motivo, nestes casos, é muito importante monitorizar a carga viral do vírus da hepatite C após o diagnóstico.
Situação de contágio HIV em Portugal
De acordo com as notificações recebidas até 30 de junho do corrente ano, em 2019 foram diagnosticados 778 novos casos de infeção por VIH em Portugal, o que equivale a uma taxa de 7,6 casos/100 mil habitantes.
À data do diagnóstico da infeção, 15,0% dos casos apresentavam patologia indicadora de SIDA e os valores das contagens iniciais de linfócitos TCD4+ revelaram que em 49,7% dos novos casos o diagnóstico foi tardio e que 30,9% dos casos tinham critério de doença avançada. As mais elevadas percentagens de diagnósticos tardios foram observadas em homens heterossexuais (67,3%), com idades ≥ a 50 anos (68,1%) e em residentes na região Centro do país (71,4%).
Resposta da Werfen
Na luta contra o VIH, muitos fatores têm impacto em diferentes níveis de incidência. A nível social, os principais são a sensibilização e a proteção das pessoas em risco e destinam-se principalmente a prevenir a transmissão.
A nível médico, o diagnóstico precoce e o tratamento da doença são fundamentais. Em termos de diagnóstico inicial, a análise do estado serológico do paciente (presença de anticorpos VIH) continua a ser o método de referência. Uma vez detetada a infeção e iniciado o tratamento, é essencial controlar periodicamente a carga viral no plasma do paciente para monitorizar a eficácia do tratamento e assim evitar a progressão para fases graves da doença.
Na Werfen queremos contribuir para o controlo do VIH através de técnicas que permitam a quantificação da carga viral do VIH do paciente de de uma forma precisa e robusta.
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