Notícias Biologia Molecular

Dia Mundial da Ciência e Tecnologia

Vozes que abrem caminho para o progresso

Abril 10, 2024

TEASER PT

 

Num mundo impulsionado pela busca de conhecimento e pelo avanço científico, os investigadores desempenham um papel fundamental. A sua dedicação incansável, iniciativa e determinação são as forças motrizes por trás das descobertas e inovações que transformam a nossa compreensão do mundo e melhoram a nossa qualidade de vida. É por isso que queremos comemorar o Dia Mundial da Ciência e Tecnologia reconhecendo os contributos de quatro investigadoras em vários domínios da investigação científica, cujo trabalho de todos os dias contribui para o nosso progresso enquanto sociedade.

Continue a ler para conhecer as suas experiências, realizações e os desafios que enfrentam nas suas diferentes áreas de trabalho.

 

Maria Reis, Investigadora Biologia Molecular, Ophiomics

P. Qual é, na sua opinião, o impacto da investigação e da ciência na sociedade atual?

R. Cada vez mais a ciência tem evidenciado ser um alicerce fulcrar em áreas como a saúde, alimentar ou ambiental. As constantes descobertas científicas e tecnológicas em combinação com a inteligência artificial estão a revolucionar paradigmas e a introduzir novos conceitos e competências com impacto direto no bem-estar da população e na resolução dos desafios enfrentados pela sociedade atual. Realçando a investigação no âmbito da Medicina de Precisão, é crucial a colaboração entre os cientistas e os médicos de forma a surgirem novas soluções focadas no doente, quer no diagnóstico precoce como no tratamento das doenças, levando não só a melhorias significativas na saúde mas também na redução de custos no mesmo setor.

P. Quais são os maiores desafios que enfrenta enquanto investigador?

R. Apesar de nos últimos anos a ciência ter evidenciado o seu valor e despertado o interesse em pessoas fora da comunidade científica, continua a existir em Portugal uma desvalorização deste setor demonstrada pela falta de financiamento de projetos e pela não profissionalização da carreira científica.

Trabalhando em contexto de indústria na área da saúde, três dos principais desafios que enfrento passam por lidar com a pressão por resultados rápidos para a obtenção de novos testes face à competição exterior, lograr aprovações éticas céleres com hospitais e/ou biobancos para o acesso a amostras de doentes imprescindíveis para a validação dos novos ensaios e por fim, garantir que todo o desenvolvimento e validação do novo produto estão em conformidade com as regulamentações nacionais e internacionais.

 

Raquel Tomás: Fundação Champalimaud

P. Qual é a sua área de investigação?

R. Depois de passar pela investigação em Biologia Celular e do Desenvolvimento e em Neurobiologia em instituições cientificas em Portugal e no estrangeiro, integro desde há 8 anos uma plataforma de serviços de apoio à investigação, realizando projectos complexos de clonagem molecular, edição genética e produção viral para a comunidade científica nacional e internacional.

P. Qual é, na sua opinião, o impacto da investigação e da ciência na sociedade atual?

R. A curiosidade em perceber como a natureza funciona move a nossa sociedade desde sempre e deu origem aos mais interessantes avanços tecnológicos e científicos ao longo dos séculos. Na saúde em particular, o impacto conjunto dos mais recentes avanços nas áreas da investigação fundamental e aplicada tem levado a diagnósticos e tratamentos mais rápidos e precisos impactando positivamente a nossa qualidade de vida.

 

Sofia Rebelo: Instituto Gulbenkian de Ciência

P. Qual é o principal objetivo do seu trabalho?

R. Sou laboratory manager desde 2005 no Laboratório de Inflamação do Instituto Gulbenkian de Ciência. Compete a um/a laboratory manager assegurar que toda a “vida” do laboratório decorrre de forma eficiente, suportando a missão científica do laboratório. Esta tarefa, no meu caso, abrange uma variedade de responsabilidades que, entre outras, passam pela gestão de recursos financeiros, pela gestão da equipa no que concerne recrutamento e reporte das actividades, pela gestão dos projetos a decorrer no laboratório assegurando que alcançam os seus objectivos dentro do tempo e orçamento propostos, pelo cumprimento de regras de segurança e ética regulamentados e pela avaliação das necessidades do laboratório, correntes e futuras, no que diz respeito a novos equipamentos e tecnologias que suportem a investigação.

P. Qual é, na sua opinião, o impacto da investigação e da ciência na sociedade atual?

R. A Ciência e a investigação científica impacta em diversas áreas da nossa sociedade. Todos nós, de uma maneira ou de outra, temos essa noção. Desde a educação às melhorias na saúde, passando pela sustentabilidade ambiental e o crescimento económico, a ciência permite compreender melhor o mundo e a realidade em que vivemos e contribui para melhorias nas condições de vida. Gostaria de realçar o facto de que a investigação científica transcende fronteiras, promovendo a colaboração entre investigadores, instituições e países. Esta colaboração facilita a partilha de conhecimento, recursos e experiência, levando a soluções mais impactantes e abrangentes para os desafios globais. Criar conhecimento é uma valia imensurável e é difícil avaliar qual o retorno para a sociedade que uma pequena descoberta feita hoje venha a ter daqui a 10 anos. Investir, promover, divulgar ciência hoje é fundamental para viver melhor amanhã.

 

Ângela Afonso – Area Manager, Biobanco IMM

P. Qual foi a sua maior realização ou descoberta na sua carreira até agora?

R. Ao longo destes anos foram vários os momentos que foram impactantes na minha carreira. Los biobancos con los que trabajo son instrumentos estratégicos para el desarrollo de la medicina y la investigación traslacional. Os Biobancos são instrumentos estratégicos para o desenvolvimento da medicina e da investigação translacional. O Biobanco-iMM CAML congrega amostras biológicas (provenientes de biopsias, cirurgias, colheitas de sangue, etc) que são doadas voluntariamente com autorização para preservação e uso futuro em investigação biomédica. Todas as amostras são acompanhadas de informação clínica, um factor crucial para a investigação posterior. Esta estrutura permite o estudo da patogénese de várias doenças com enorme impacto sobre a saúde humana (como as doenças neurológicas, oncológicas e reumáticas), abrindo as portas para a identificação de novos testes de diagnóstico, de prognóstico e novos alvos terapêuticos. É com grande satisfação que todos os anos vemos artigos a serem publicados com amostras que foram requisitadas ao Biobanco-iMM CAML. Desde de 2011 já forma publicados mais de 60 artigos, sendo que no ano passado foram publicados 11. 

P. Quais são os maiores desafios que enfrenta enquanto investigador?

R. Diria que o maior desafio hoje em dia é a velocidade frenética da evolução da ciência e de novos conhecimentos. 


No âmbito do Dia Mundial do Investigador, reunimo-nos para apreciar o seu valioso trabalho, que, embora muitas vezes passe despercebido, é uma fonte de inspiração e de benefício à escala global, ajudando a moldar o futuro da nossa sociedade numa variedade de domínios.


 

 

 

 

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