D-dímero: Um Marcador Importante na Descoberta das Malignidades e do Câncer

• O câncer e o tratamento que o acompanham são fatores de risco bem estabelecidos para o desenvolvimento de tromboembolismo arterial (TEA) e, mais frequentemente, tromboembolismo venoso (TEV).
• Câncer aumenta o risco de tromboembolismo (TE) em mais de quatro vezes e, para pacientes recebendo quimioterapia ativa, o risco é até 6,5 vezes maior.
• Os estágios avançados do câncer e o período inicial após o diagnóstico também foram associados ao aumento das taxas de TE.
• Além do aumento da morbidade, os eventos TE também representam uma2 das principais causas de mortalidade nessa população.
• TEV é a 2^a causa de morte em pacientes com câncer, aumenta o tempo de hospitalização, aumenta os custos com os cuidados de saúde em mais de 3 vezes, podendo atrasar o tempo para o tratamento.
• Tromboprofilaxia medicamentosa pode reduzir a incidência de TEV em pacientes com câncer, sendo fundamental naqueles com maior risco.
• A exclusão de TEV em pacientes com malignidade diagnosticada é possível com um teste de D-dímero negativo, no entanto, níveis de D-dímero frequentemente estão elevados, ainda mais incluindo-se as comorbidades como cirurgia, quimioterapia, obesidade.
• Níveis plasmáticos elevados de D-dímero costumam estar significativamente mais elevados em pacientes com câncer, indicando progressão de doença para estágios clínicos mais avançados, assim como a presença de metástases.
• A análise do D-dímero plasmático pré-tratamento pode fornecer informações úteis para prever o prognóstico em pacientes com tumores sólidos.
• Estudos mostram que o d-dímero pode ser usado como uma medida prognóstica para gravidade e sobrevida. D-dímero elevado não necessariamente significa presença de trombo, mas provavelmente reflete a biologia do tumor subjacente.
• Metanalise recente publicada em 2021 revelou que níveis elevados de D-dímero levam a uma sobrevida mais baixa e, portanto, atuam como um fator independente de mau prognóstico em pacientes com câncer de pulmão
• Jiacong Wu et al publicaram metanalise em 2017 e mostraram que níveis elevados de D-dímero em pacientes com câncer de ovário podem prever as alterações que se correlacionam com a progressão da doença e o risco de TEV
• Y. Lin et al demonstraram que tanto o fibrinogênio quanto o D-dímero previram mau prognóstico em cânceres digestivos. Por serem testes não invasivos e baratos, eles são adequados para triagem inicial ou uso em combinação com outros biomarcadores para certos tipos de câncer, tanto para diagnóstico ou prevenção.
• Câncer está associado a um enorme impacto negativo para os pacientes e seus familiares em todo o mundo. Tanto o tratamento quanto o prognóstico dependem do diagnóstico adequado do câncer, assim como de sua recorrência. Métodos avançados de triagem podem ajudar inclusive a reduzir os gastos com o tratamento.
• Níveis elevados de D-dímero foram relatados em pacientes com câncer de mama, próstata, ginecológico e pulmão mesmo sem trombose clínica. 

Texto elaborado por Dr. Tomaz Crochemore Diretor Médico da Werfen